A Guarda Civil Espanhola chegou à conclusão de que Enríquez Negreira, ex-árbitro e antigo vice-presidente do comitê de arbitragem da Espanha, recebeu do Barcelona 7,5 milhões de euros para entregar informes de juízes de futebol entre 1992 a 2023. A informação, dada pelo jornal El Mundo, ainda afirma que foi encontrado 3 milhões na conta da esposa do denunciado.
“Exerceu funções relevantes dentro da Comissão Técnica de Árbitros (CTA), como comunicar promoções e rebaixamentos aos árbitros, revisar as notas de classificação, participou das concentrações periódicas, ia várias vezes por ano à sede da CTA para tarefas, saqueava cofres. Cabia a Negreira participar diretamente como comunicador aos árbitros, não só das classificações provisórias, comunicadas nas reuniões físico-técnicas rotineiras, mas também comunicar por telefone aos árbitros as promoções alcançadas, tanto aos Primeira Divisão e à Segunda Divisão”, disse o comunicado vazado da Guarda.
Além do casal, o filho de Negreira, Javier Enríquez, apresentava diretamente informes ao Barcelona, já que o pai não materializava sua participação. O destino do dinheiro era repassado a pessoas de confiança. Ex-árbitros, como Mateo Laos, deram depoimento que os juízes eram recebidos em Barcelona com carros, festas e champagne. Em férias do verão europeu, o processo policial deve retornar em 1º de setembro.